O diabetes é uma epidemia global e uma questão de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e preocupa a comunidade médico-científica. De acordo com o Atlas do Diabetes da Federação Internacional do Diabetes, existem mais de 537 milhões de adultos com a doença em todo mundo e essa condição levou a 6,7 milhões de mortes apenas no ano de 2021 – uma vida perdida a cada cinco segundos. No Brasil, são mais de 16,8 milhões de casos entre pessoas com idades de 20 a 79 anos, o que nos coloca como quinto país com maior incidência de diabetes no mundo. No Dia Nacional do Diabetes, celebrado em 26 de junho, é essencial refletirmos sobre a importância de combater essa doença silenciosa.
O número de pessoas com diabetes nas Américas, por exemplo, mais que triplicou em três décadas, segundo dados do relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Pelo menos 62 milhões de pessoas vivem com diabetes nas Américas, número que pode ser ainda maior visto que cerca de 40% das pessoas não sabem que têm a doença.
Doença crônica e complexa, o diabetes resulta de defeitos na ação ou produção da insulina, hormônios responsáveis por regular os níveis de açúcar no sangue. O diabetes se manifesta por meio de fatores genéticos, biológicos e ambientais, originados em hiperglicemia crônica – aumento dos níveis de açúcar no sangue.
A obesidade, a má alimentação e a falta de atividade física são fatores-chave para o aumento alarmante de casos de diabetes.
Existem vários tipos, mas os mais comuns são o diabetes Tipo 1 e Tipo 2. O primeiro geralmente surge na infância ou adolescência, mas também pode ser adquirido em adultos. Já o diabetes Tipo 2 se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. A doença está diretamente relacionada a fatores de risco como sobrepeso, sedentarismo, níveis elevados de triglicerídeos, hipertensão e hábitos alimentares inadequados. Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2.
Uma alternativa para frear os índices alarmantes da prevalência do diabetes é investir na atenção primária, que tem como objetivo, antes de tudo, tratar o ser humano como um todo. É necessário investir em atendimento preventivo, acompanhamento multidisciplinar e orientações sobre causas e fatores de risco, além de monitoramento e tratamento adequado e multidisciplinar aos indivíduos que já possuem o diabetes.
O grande desafio no controle e combate ao diabetes está na conscientização em adotar um estilo de vida saudável. Por isso, é imprescindível educação e conscientização. A prática regular de atividades físicas, aliada a uma alimentação equilibrada, são as principais medidas preventivas. Além disso, é preciso estar atento aos fatores de risco como pressão alta, colesterol alto, histórico familiar da doença, sobrepeso e tabagismo.
É preciso que governos, comunidade científica e comunidade estabeleçam mais campanhas de conscientização e também formas de atuação de controle e combate à doença. É essencial garantir o acesso a exames regulares, tratamentos e medicamentos para aqueles que já vivem com a doença. A conscientização desempenha um papel crucial na luta contra o diabetes.