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O que é o cooperativismo?

Para entender o que é cooperativismo, podemos começar pelo significado da palavra. Cooperativismo, segundo o Dicionário Michaelis, é um “sistema econômico e social em que a cooperação é a base sobre a qual se constroem atividades econômicas (industriais, comerciais etc.)”.

Na definição do termo, temos ainda a explicação de que “o cooperativismo consiste na primazia das pessoas na economia e na cooperação de todos para a consecução do bem comum”.

Contudo, vale também buscar explicações mais amplas para este conceito que, já há algum tempo, vem se popularizando. Continue lendo para entender o que é cooperativismo, quais são seus princípios, que benefícios oferece e muito mais!

O que é cooperativismo?

Se formos à história do cooperativismo, nos remeteremos à Escócia de 1761, onde foi formada a Sociedade de Tecelões de Fenwick. Nessa organização, os trabalhadores escoavam suas mercadorias com preços mais atrativos que os lojistas.

Esse é o registro mais antigo e, é importante frisar, rudimentar do cooperativismo. Depois disso, começaram a surgir cooperativas nas mais remotas regiões. Da Europa Ocidental ao Japão, passando pela América do Norte em meados do século XIX.

Em 1844, surgiu o Movimento Cooperativo fundado pelos Pioneiros de Rochdale. Eles eram um grupo de 28 artesãos que trabalhavam em indústrias de algodão nesta cidadezinha localizada no norte da Inglaterra.

Depois, esse modelo foi aplicado para serviços financeiros — nasceu a primeira cooperativa de crédito na Alemanha, em 1862. Em 1895, aconteceu a Aliança Cooperativa Internacional, considerado o primeiro congresso que reuniu cooperativas de vários países.

Apesar dessa rica história, ao responder o que é cooperativismo hoje, precisamos fazer algumas atualizações conceituais. Segundo a Organização das Cooperativas do Brasil (Sistema OCB), trata-se de uma filosofia de vida na qual o objetivo primordial é a união dos desenvolvimentos econômico e social. Assim, caminha-se para a transformação do mundo, com forte atuação local, mas também contribuindo para o global.

Na prática, estamos falando da união de forças de trabalhadores ou consumidores. Cada vez mais, o cooperativismo aponta para o coletivismo aliando produtividade e sustentabilidade, nos mais diversos ramos de atuação.

Qual é a história do cooperativismo no Brasil?

No Brasil, o cooperativismo tem uma história que remonta o século XVII. No entanto, somente a partir de 1971 é que ele se torna uma política de Estado — a Lei 5.764 passa a definir a Política Nacional de Cooperativismo.

Outros marcos importantes para entendermos o que é o cooperativismo no Brasil são:

• o surgimento da primeira cooperativa de consumo: 1889, em Ouro Preto/MG;

• a inauguração da primeira cooperativa de crédito 100% brasileira: 1902, no Rio Grande do Sul;

• os primórdios do cooperativismo agropecuário nacional: 1906;

• a promulgação da Lei 5.764/71, que explicitava ainda mais as regras para a criação de cooperativas, mas também impunha alguns limites bem agressivos: 1971;

• a expansão dos horizontes para o cooperativismo nacional, com a Constituição de 1988 — coibindo, por exemplo, a intervenção estatal e conferindo poder de autogestão às cooperativas.

A partir de 1995, o movimento cooperativista passou a ganhar bastante fôlego no Brasil. Em 1998, o Sistema S (que abarca Sebrae, Sesc, Senac e Senai) criou o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), uma instituição que visa promover a cultura cooperativista no país.

Atualmente, podemos ver a Lei 12.690/2012, o amparo legal mais moderno. Ela atualizou as normativas e trouxe um verniz mais inovador às cooperativas nacionais.

Em suma, são milhares de cooperativas atuando nos mais diversos ramos hoje no Brasil. Para termos uma ideia, o Sistema OCB tem, atualmente, 5.314 cooperativas filiadas.

Como o cooperativismo funciona?

O cooperativismo abrange uma série de tipos de cooperativas: de consumo, de trabalho, de crédito — é muito importante não confundir cooperativas e bancos —, de habitação, agropecuárias etc.

Em resumo, podemos dizer que o cooperativismo funciona por meio do compartilhamento de valores, ideias e força de trabalho. E isso é realizado sempre com administração colaborativa, visando que todos os envolvidos se beneficiem e alcancem os objetivos estabelecidos.

Neste sentido, é impossível pensarmos o cooperativismo sem que valores como democracia, solidariedade, igualdade e responsabilidade estejam presentes. Diferentemente de outras formas de associação, nas cooperativas, busca-se sempre o equilíbrio entre os anseios individuais, o coletivo e o social.

Princípios do Cooperativismo

 A CTES se orienta pelos princípios fundamentais do cooperativismo, sendo eles:

1 – Adesão livre e voluntária: Qualquer pessoa interessada em utilizar seus serviços pode ingressar numa cooperativa, desde que o faça de forma livre e espontânea, e esteja disposta a aceitar as responsabilidades da sociedade.

2– Gestão democrática (Todos têm os mesmos poderes): Todos os associados têm igual direito de voto em uma cooperativa (um sócio = um voto). O poder de decisão não está vinculado à posse. Todos acompanham as políticas e a evolução da instituição, participando de todas as decisões.

3– Participação econômica dos membros (Todos são donos): Em uma cooperativa, todos são associados, que adquirem cotas para entrar na sociedade e têm direito a participar democraticamente de todas as decisões da instituição.

4 – Autonomia e independência (Todos têm autonomia de decisão): Acordos e parcerias podem ser firmados pelas cooperativas, desde que não afetem o controle democrático dos membros.

5– Educação, formação e informação (Todos ensinam e aprendem): A fim de contribuir com o desenvolvimento do modelo como um todo e com o seu próprio, as cooperativas promovem a educação e a formação de seus trabalhadores e associados, informando-os e capacitando-os. Uma prática cujos benefícios sócio-econômicos vão muito além das instituições em si

6 – Interoperação (Todos se ajudam): Além dos associados de uma mesma cooperativa unirem-se e cooperarem uns com os outros, essa ajuda mútua também se estende para as relações entre as diversas cooperativas. Por meio de estruturas locais, regionais, nacionais e até internacionais, todas as cooperativas colaboram umas com as outras.

7 – Interesse pela comunidade (Todos saem beneficiados): Sem fins lucrativos e formada por pessoas físicas, as cooperativas têm na comunidade seu objeto constituinte e seu principal objetivo. Dessa forma, trabalham para o desenvolvimento sustentável de suas comunidades, gerando benefícios sociais e econômicos não apenas para seus associados, mas para toda a sociedade.

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