Uma alternativa para a cura de lesões na medula espinhal, cânceres terminais, doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer, além de paralisias, a cirurgia deve ter ajuda de Inteligência Artificial.
“O objetivo é ultrapassar os limites do que é possível na ciência médica e fornecer soluções inovadoras para aqueles que lutam contra condições potencialmente fatais”, disse Hashem al-Ghaili, biólogo molecular e diretor da empresa.
Ainda, segundo a BrainBridge, o uso da IA deve ajudar a “eliminar o erro humano” e contribuir para a preservação das células cerebrais.
No vídeo é possível ver quando os robôs enxertam uma cabeça humana em um corpo humano saudável que teve morte cerebral.
Com o procedimento proposto, o paciente seria capaz de manter as próprias memórias, consciência e habilidades cognitivas.
Mas, ao que parece, o transplante está longe de ser “tranquilo”, como define a empresa. Além de quatro semanas em uma UTI sem nenhum movimento – para que a cabeça fixe bem ao corpo -, o paciente precisaria de fisioterapia e acompanhamento psicológico.
Transplante de cabeça é controverso
Ainda que pareça revolucionária, a promessa de cirurgia para transplantar uma cabeça para um outro corpo não é novidade.
Há anos, o médico italiano Sergio Canavero gera polêmica na medicina pelas técnicas que diz desenvolver. Em 2017, ele contou ter realizado um transplante de cabeça em cadáveres como “treinamento”.
Na época, o russo Valery Spiridonov tinha se voluntariado para participar do primeiro transplante de cabeça da história. Mas, em 2019, Valery desistiu devido aos riscos. Ele tem a Síndrome de Werdnig-Hoffman, uma doença degenerativa.
O neurocirurgião ainda deseja realizar o transplante nos Estados Unidos, mas os limites éticos da profissão são diversos.